Foto: Polícia Civil (divulgação)
Celulares apreendidos pela força-tarefa da Polícia Civil
Há cerca de dois meses, a 3ª Delegacia de Polícia (3ª DP) de Santa Maria trabalha, com ajuda de três policiais de outras delegacias, em uma força-tarefa para investigar assaltos a pedestres registrados na cidade. O trabalho, coordenado pelo delegado André Diefenbach, segue em andamento. Até agora, conforme explica o delegado, 21 pessoas foram presas preventivamente e 240 celulares roubados foram recuperados pela Polícia Civil. Um local de conserto de celulares, que fica na Tancredo Neves, Região Oeste, também é investigado.
Segundo o delegado, o trabalho começou na identificação de quem age nos roubos a pedestre, quase sempre usando facas ou armas. Em alguns casos, celulares roubados foram localizados com outros donos, que dizem ter comprado sem saber que eram roubados. Alguns dos aparelhos foram encontrados no estabelecimento que faz conserto e foram apreendidos há 10 dias.
- Todas pessoas que compraram o celular roubado dizem que não sabia que era roubado, mas na verdade, muitos compram por um preço bem abaixo do que o produto vale, não exigem nota fiscal e sabe que foram. Quem não provar que não agiu de má-fé pode responder pelo crime de receptação também - alerta o delegado.
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Para a investigação, a maioria dos casos está ligado com o tráfico de drogas e funciona quase como um mercado paralelo onde as pessoas querem tirar vantagem comprando ou vendendo por preços mais baixos que o normal. Em alguns casos, os celulares eram anunciados em grupos de venda no Facebook:
- O cara rouba esse celular na rua, na maioria dos casos, troca o aparelho por droga ou vende por um preço bem baixo para usar o dinheiro na compra de drogas. Aí outra pessoa compra o celular, mais barato, e vende por um pouco mais. E todos tiram vantagem. Tem um celular que chegou a passar por 5 ou 6 donos desde que foi roubado. No caso da assistência técnica, a pessoa acabava comprando esses aparelhos bem mais baratos e usava as peças. Ao invés de comprar uma tela de celular, por exemplo, no mercado lícito, saía mais barato usar a peça de um telefone roubado no conserto - detalhou Diefenbach.
DEVOLUÇÃO
Os donos desses aparelhos apreendidos que registraram boletim de ocorrência e têm em mãos o IMEI (sigla para International Mobile Equipment Identity ou, em tradução livre, Identificação Internacional de Equipamento Móvel) poderão ter os aparelhos recuperados, dependendo do caso.
REGISTRO DE OCORRÊNCIA
Quem foi vítima de assalto sem violência pode registrar o boletim de ocorrência pelo site da delegacia online. Se a vítima foi agredida, precisa ir até uma delegacia para o registro policial. Em Santa Maria, a Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento (Rua dos Andradas, 1397) funciona 24h.
EXIJA NOTA FISCAL
Segundo o delegado, na hora de comprar um celular, o ideal é comprar um novo na loja que vai fornecer nota fiscal. Em caso de comprar aparelhos usados, é importante exigir a nota fiscal e a caixa do celular, que é onde vem o código do IMEI. Nesse caso, é importante conferir se a nota e a embalagem conferem com o mesmo aparelho adquirido.
É importante guardar a caixa do seu celular e a nota fiscal em casa, para o caso de precisar registrar o boletim de ocorrência. Ou ter o número guardado em um lugar (que não seja o celular).
COMO SABER O IMEI DE SEU APARELHO
Uma das formas mais simples de descobrir o IMEI de seu telefone é discar, como se fosse fazer uma chamada, para *#06#. Automaticamente o código vai aparecer na tela.